segunda-feira, 24 de junho de 2013

BROCAS - PRESENÇA DE FUROS EM MADEIRAS...

 BROCAS


Os insetos conhecidos popularmente como brocas são besouros que possuem peças bucais do tipo mastigador, com mandíbulas fortes, robustas. Apresentam dois pares de asas, sendo um deles modificado em élitros (asas rígidas que protegem o abdômen do inseto). O segundo par de asas é membranoso e responsável pelo vôo. Quando o inseto está em repouso este par de asas fica dobrado sob os élitros.
As brocas possuem características corporais variadas, podendo ser cilíndricas, delgadas ou alongadas, com antenas curtas ou longas e tamanhos variados (de mm até 20 cm), dependendo da espécie.

O desenvolvimento completo desses insetos, do ovo ao inseto adulto, ocorre em três etapas. A primeira inicia quando os ovos eclodem e liberam as larvas. Elas irão se alimentar de maneira voraz para acumular energia, visando a segunda etapa, o estágio de pupa. Neste período ocorre uma série de modificações corporais no chamado estágio de latência, pois os indivíduos não se alimentam. Finalizado a metamorfose, das pupas saem os insetos adultos completamente formados.

As brocas podem afetar a área de preservação das madeiras durante o estágio larval, adulto ou em ambas situações, de acordo com cada espécie. Estes insetos são chamados xilófagos, pois se alimentam do lenho da madeira (tecido xilemático) em pelo menos um estágio de seu desenvolvimento.

Descrição e biologia
Cabeça normal, arredondada, também podendo ser alongada, formando um rostro. Antenas localizadas na fronte e variando conforme espécies. A principal característica é o primeiro par de asas modificado em élitros, de consistência coriácea ou córnea, protegendo o segundo par de asas membranosas, dobradas (quando em repouso). O abdome em geral é totalmente recoberto pelos élitros. O adulto vive fora da madeira, utilizando-a para deposição dos ovos, onde as larvas, posteriormente, irão se abrigar e ali se alimentar até atingirem o estágio de pupa. Atingem de 1 a 3 mm.

Ciclo de vida
Apresentam desenvolvimento holometabólico e reprodução sexuada. O adulto deposita seus ovos em furos ou fendas existentes na madeira, após 1 ou até 4 semanas os ovos eclodem e surgem as larvas, que permanecem dentro da madeira (se alimentando) até empuparem, período que dura cerca de 1 a 4 semanas e, já mais próximo à superfície, a pupa transforma-se em adulto. Este ciclo pode durar de 1 a 3 anos.

Principais espécies e danos
Os danos causados por coleópteros são em menor proporção que os causados pelas térmitas, porém, também requerem atenção. Apenas as larvas causam danos, pois é nesse período que o inseto se alimenta da madeira, formando verdadeiras galerias dentro dela. Uma característica que facilita a identificação de uma infestação por brocas é a presença de furos nas peças de madeira, mas, principalmente, a presença de um pó ou serragem bem fina, assemelhando-se a um talco, próximo à peça. É importante ressaltar que a textura desse pó é que diferencia uma infestação de brocas de uma de cupins de madeira seca. Existem várias espécies de brocas que infestam madeira.


terça-feira, 4 de junho de 2013

DESRATIZAÇÃO...

Desratização ativa e passiva

Passiva

A chamada desratização passiva pode ser considerada a etapa mais importante de todas, pois envolve a prevenção da infestação por ratos. Ela inclui a mobilização social da população. Essa população deverá ser aconselhada com informações sobre o que fazer com o lixo doméstico, limpeza de terrenos, remoção de entulhos etc.

Destacamos que, para haver ratos, são necessárias três coisas: alimento, água e abrigo. Portanto, a desratização passiva é a fase preparatória do controle propriamente dito que vai ser realizado.



Principais medidas para evitar ratos:

 Não deixar alimentos ou restos deles expostos, guardar os alimentos em vasilhames tampados e à prova de roedores;

 Colocar o lixo em sacos plásticos em locais altos do chão, colocando-o para coleta pouco antes do lixeiro passar;

 Caso existam animais na sua casa, como cães e gatos, retirar e lavar os vasilhames de alimento do animal todos os dias antes do
    anoitecer, pois à noite ele pode servir de alimento para os ratos;

 Manter limpos e desmatados os terrenos baldios;

 Jamais jogar lixo à beira de córregos, pois além de atrair roedores, o lixo dificulta o escoamento das águas, agravando o problema
    das enchentes;

 Grama e mato devem ser mantidos roçados, para evitar que sirvam de abrigo para os ratos;

 Fechar buracos de telhas, paredes e rodapés para evitar a entrada dos ratos para dentro de sua casa;

 Manter as caixas d’água, ralos e vasos sanitários fechados com tampas pesadas;

 Lembre-se: uma vez instalados num determinado local, os ratos começam a se reproduzir, multiplicando-se muito rápido, o que
    dificulta o seu controle e aumenta o risco de transmitir doenças.


Ativa

A desratização ativa abrange o conjunto de métodos e técnicas de controle direto aos roedores, como, por exemplo:

 medidas higiênicas;
 ratoeiras;
 placas de cola;
 baldes com água;
 raticidas;
 aparelhos de ultra-som;
 métodos biológicos.

Fique sempre atento aos pequenos sinais de infestações de ratos como:

• Fezes de Ratos: sua presença é um dos melhores indicadores de infestação. As fezes podem levar à identificação da espécie presente;

• Trilhas de Ratos: sua aparência é de um caminho bem batido, com 5 a 8 cm de largura, sendo encontradas geralmente nas proximidades de muros, junto às paredes, atrás de materiais empilhados, sob tábuas e em áreas de gramados;

• Manchas de gordura de Ratos: deixadas em locais fechados, por onde passam constantemente como, por exemplo, nas paredes e vigas;

• Roeduras de Ratos: os ratos roem (mas não ingerem) principalmente materiais como madeira, cabos de fiação elétrica e embalagens de alimentos para gastar sua dentição e como forma de transpor barreiras para alcançar os alimentos;


• Tocas de Ratos: são encontradas junto ao solo, junto aos muros, entre plantas e normalmente indica infestação por ratazanas.

sábado, 25 de maio de 2013

DEDETIZAÇÃO - DESINSETIZAÇÃO


Dedetização
  


Com a popularização na aplicação doméstica do DDT, a partir dos anos 60, a ação de desinsetizar também passou a ser chamada de "dedetizar" (da pronúncia dedetê), sendo inclusive consagrado na música Mosca na Sopa, de autoria do cantor e compositor Raul Seixas, em 1973.

Hoje, a palavra dededização deve ser substituída por desinsetização, que significa desinsetizar o ambiente infestado, pois o grupo químico dos organoclorados foi proibido há mais de 30 anos e o famoso DDT, assim como o BHC, dodecacloro que foi amplamente usado nas iscas MIREX para controle de formiga saúva (Atta ssp), entre outros, não são mais fabricados no Brasil.

O Ministério da Saúde do Brasil mantém registro de inseticidas de uso exclusivo para o ambiente urbano são os inseticidas domissanitários, pois é proibido o uso de inseticidas fitossanitários (usados na agricultura) nos ambientes urbanos.

Técnicas de desinsetização

Há diversas técnicas de desinsetização de acordo com o tipo do local e a atividade desenvolvida no local a ser tratado considerando ainda a nível da infestação e qual praga se pretende controlar. A desinetização para o controle de cupins de madeira seca ou subterraneos é chamada de Descupinização e envolve outras técnicas para o controle de insetos xilófagos (que comem madeira)que são bem diferentes do controle de insetos como baratas, moscas, formigas, etc.


O inseticida deve ser diluído em água de acordo com as informações do fabricante. Geralmente os inseticidas são classificados de PRONTO USO para as pessoas comprarem em supermercados e afins e utilizá-los em suas casas. Geralente são inseticidas que não deixam resíduos químicos. Já os inseticidas para USO EXCLUSIVO POR EMPRESAS ESPECIALIZADAS só podem ser comprados e manipulados por pessoas treinadas, as empresas de Controle de Vetores e Pragas Urbanas têm em seu quadro de funcionários o Responsável Técnico conforme a legislação vigente no Brasil e nos Estados da Federação e os Aplicadores são pessoas aptas a trabalhar com esses produtos domissanitários sob supervisão do Responsável Técnico.

Além disso as EMPRESAS ESPECIALIZADAS devem renovar o ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO todos os anos até o dia 31 de março, os aplicadores devem passar por exames médicos periódicos a cada ano conforme o PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e o PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional da empresa.

As técnicas de aplicação:


PULVERIZAÇÃO - É a mais antiga e a mais comum das técnicas de aplicação. Usando um pulverizador o inseticida é diluído em água (no tanque do pulverizador)e depois de fechado é feito o bombeamento através de uma alavanca manual que pressuriza o líquido, apertando-se o gatilho da lança a calda inseticida sai através de um bico dosador e pode ser aplicada nas superfícies ou nos locais de infestação. Essa técnica permite a aplicação de inseticidas líquidos, formulados em Concentrado Emulsionável, Suspensão Concentrada, Micro-encapsulado e Pó Molhável.

ATOMIZAÇÃO - É quando usa-se um atomizador com motor à gasolina de 2 tempos ou motor elétrico. O motor faz girar uma ventoinha que gera um turbilhão de "vento" num duto e na saída desse é liberado a calda inseticida que devido a força do "vento" vindo pelo duto "quebra" a calda inseticida em partículas finas ou seja atomizadas. A vazão é controlada com um registro com quatro níveis de abertura. Essa técnica também permite a aplicação de inseticidas líquidos, formulados em Concentrado Emulsionável, Suspensão Concentrada, Micro-encapsulado, Pó Molhável.

POLVILHAMENTO - Usando-se uma polvilhadeira pode-se aplicar o inseticida formulado em Pó Seco em frestas, dutos de esgoto, etc.

APLICAÇÃO DE GEL - Essa técnica é exclusiva da formulação de inseticida em GEL. O gel pode ser aplicado através de uma pistola aplicadora cuja regulagem é feira para que o gel saia em forma de gotas. Alguns inseticidas nessa formulação é envasado em seringas com a mesma finalidade de aplicação. Os inseticidas formulados em GEL podem são distintos ou seja existem o gel para controle de baratas e o gel para o controle de formigas. Ambos insetos devem ingerir o gel que é uma isca ou seja uma alimento que causará a morte desses, sendo que as baratas morrem individualmente e as formigas carregam o gel para os ninhos que será compartilhado com toda a colônia pois são insetos sociais.

Efeito dos inseticidas:


Desalojante – Provoca a saída do inseto de seu esconderijo. Essa característica vai depender do grupo químico e da molécula do principio ativo do inseticida. Geralmente os inseticidas líquidos formulados em concentrado emulsionável causam esse efeito desalojante.

Choque - Elimina instantaneamente o inseto. Essa característica é importante quando não se deseja que insetos saiam perambulando pelo ambiente depois da aplicação. A molécula Diclorvós ou DDVP foi muito utilizada pois tinha um efeito knock-dow muito evidente e em cerca de 1 minuto fulminava os insetos. Hoje existem outras moléculas que causam esse efeito porém são um pouco mais lentas a vantagem é que essas moléculas pertencem a grupos químicos menos tóxicos ao homem, animais domésticos e ao Meio Ambiente.

Residual - Garante ação inseticida por longo tempo. Essa característica vem sendo questionada e hoje não existem muitos inseticidas para uso urbano que deixem um longo tempo de residual no ambiente tratado pois, com as questões ambientais em evidência no mundo todo não é mais aceitável que um inseticida permaneça por longos períodos no ambiente como era a principal característica do grupo químico dos Organoclorados = DDT.

domingo, 12 de maio de 2013

MORCEGOS...


MORCEGOS

A maioria dos morcegos possui um sexto sentido, aliado aos cinco a que nós humanos estamos acostumados: a ecolocalização , ou seja, orientação por ecos. Este sentido funciona, basicamente, da seguinte maneira: o morcego emite ondas ultrassônicas (frequência acima de 20 KHz, inaudíveis para humanos) pelas narinas ou pela boca, dependendo da espécie. Essas ondas atingem obstáculos no ambiente e voltam na forma de ecos com frequência maior pois ao voltar o eco mais a velocidade do morcego são somadas. (Efeito Doppler). Esses ecos são percebidos pelo morcego.


Com base no tempo em que os ecos demoraram a voltar, nas direções de onde vieram, e na frequência relativa dos ecos (efeito Doppler), os morcegos sentem se há obstáculos no caminho, assim como suas distâncias, formas e velocidades relativas. Isso é especialmente útil para caçar insetos voadores, por exemplo, mas morcegos com outras dietas também usam bastante esse sentido.

Alguns dos ancestrais dos morcegos - musaranhos e toupeiras (mamíferos da ordem Insectivora) - já possuíam um sistema de ecolocalização rudimentar. Supõe-se que os morcegos da subordem Microchiroptera desenvolveram seu sistema sofisticado como uma novidade evolutiva, e que as raposas-voadoras da subordem Megachiroptera perderam esse sistema originalmente, tendo algumas espécies desenvolvido posteriormente um sistema rudimentar baseado em cliques da língua .Outros sistemas de ecolocalização evoluíram de forma independente em golfinhos, baleias, andorinhões e outros animais.

A ecolocalização também pode ser chamada de biossonar, pois a partir desse sistema natural foram desenvolvidos os sonares de navios e os aparelhos de ultrassom. Na verdade, nenhuma "imitação humana" se compara à qualidade do sistema natural. Assim, os morcegos contam com um recurso muito importante para animais que precisam se orientar à noite ou em ambientes escuros, como as cavernas. A eficiência da ecolocalização varia entre as espécies de morcegos, sendo que os de hábito alimentar insetívoro, ou predadores de insetos em geral, possuem-no mais desenvolvido. A ecolocalização é importante também para morcegos que se alimentam de plantas, pois ela os ajuda a encontrar frutos e flores , e reconhecer suas espécies com base no padrão de ecos que produzem .

INIMIGOS NATURAIS

Os morcegos pequenos são, às vezes, presas de corujas e falcões. De maneira geral, há poucos animais capazes de caçar um morcego. Na Ásia, existe um tipo de falcão que se especializou em caçar morcegos. O gato doméstico é um predador regular em áreas urbanas: pega morcegos que estão entrando ou deixando um abrigo, ou no chão. Poucos morcegos descem ao chão para se alimentar, salvo casos observados nos gêneros Artibeus e Centurio.


Morcegos podem ir ao chão devido a acidentes enquanto estão aprendendo a voar, em tempo ruim, como estratégia de aproximação ou então quando estão doentes. Também existem relatos de algumas espécies de sapos e lacraias cavernícolas que predam morcegos, além, é claro, de morcegos carnívoros maiores, especialmente da tribo Vampirinii, que se alimentam dos menores. Marsupiais neotropicais, como gambás e cuícas da família Didelphidae, também costumam predar morcegos. Cobras também são importantes predadores de morcegos . Há também registros de predação de morcegos do gênero Myotis por bem-te-vis .
Os piores inimigos dos morcegos são os parasitas. As membranas, com seus vasos sanguíneos, são fontes ideais de alimento para pulgas e carrapatos. Alguns grupos de insetos sugam apenas o sangue de morcegos, por exemplo as moscas-de-morcego, pertencentes às famílias Streblidae e Nycteribiidae. Nas suas cavernas, os morcegos ficam pendurados muito próximos: portanto, torna-se fácil para os parasitas infestar novos hospedeiros.

CURIOSIDADES

Você sabia que:

As três espécies que se alimentam de sangue vivem na Améric ado Sul, inclusive no Brasil? Duas delas só atacam aves e a outra, aves e mamíferos.
Eles não sugam sangue? Na verdade, mordem o animal e lambem o local.
O menor mamífero é o morcego kitti, da Tailândia? Suas asas têm apenas 16 centímetros de envergadura.
Até o século 19, os morcegos eram considerados aves?
A saliva de alguns morcegos tem substâncias úteis para fazer medicamentos?
Eles se limpam passando a língua pelo corpo e se esfregando com as patas?
Em alguns grupos, se um morcego não acha alimento, uma fêmea que jantou devolve comida em sua boca para que ele sobreviva?
Um morcego come mais de 600 insetos em uma noite? Eles precisam de muita energia para voar.
Certas espécies manobram com agilidade e voam a 56 quilômetros por hora?

sexta-feira, 3 de maio de 2013

FORMIGAS - UMA PRAGA QUE PODE ESTAR EM SUA CASA!!!

Estes minúsculos insetos da família dos Himenópteros têm aproximadamente 30 espécies que causam danos nas áreas urbanas. As formigas domésticas de forma geral são onívoras, isto é, possuem hábito alimentar diversificado como mel, xaropes, carnes, óleos, açucares, queijos e proteínas. Por terem hábitos noturnos e serem quase invisíveis, estes insetos são considerados grandes invasoras e também vetores de doenças, pois em sua busca por alimentos percorrem latas de lixo, caixas de gordura, dejetos hospitalares e depois andam em nossas cozinhas, armários, camas, etc.

Certas espécies podem afetar negativamente o homem, infestando casas e apartamentos, causando danos às estruturas, por causa de suas atividades na construção de ninhos. Elas alteram a aparência de gramados, campos de futebol e parques com suas numerosas colónias, alimentam-se de sementes germinadas ou não e desfolham plantas.
São um perigo à saúde pública quando ocorrem em hospitais, entrando em contato com material infectado e posteriormente com pacientes, alimentos, medicamentos, aparelhos, utensílios, salas de UTI, disseminando os microorganismos patogênicos.

Algumas espécies de formigas preferem fazer seus ninhos no solo, outras optam pelo oco das arvores, morões de cercas, troncos caídos ou então dentro das casas. As formigas não são capazes de digerir a celulose e portanto, não comem madeira como os cupins; na verdade, as formigas alimentam-se de uma grande variedade de alimentos num complexo sistema de passagens entre os membros da colônia. Os adultos não conseguem ingerir alimentos sólidos, só líquidos sugados do material alimentar, embora carreguem para o formigueiro até grandes pedaços de alimento, com ou sem a ajuda de outras obreiras. Na maioria das espécies de formigas, o alimento recolhido serve apenas de substrato para o crescimento de um mofo (fungo), especial, o qual, após colhido, representa o verdadeiro alimento para a formiga. As larvas iniciais também só ingerem alimentos líquidos; em algumas espécies, as últimas fases larvais podem alimentar-se de partículas sólidas.

As obreiras forrageiras, aquelas encarregadas de buscar o alimento fora do formigueiro, trazem também a água para o resto da colônia e passam-na para as obreiras encarregadas do serviço interno, num processo boca-a-boca chamado "trofalaxe". Essas obreiras internas passam então o alimento e a água para as larvas e à rainha. Em alguns casos, as obreiras estimulam as larvas capazes de ingerir alimentos sólidos para que regurgitem alimentos já liquefeitos e este e então utilizado pela colónia.


Um formigueiro se inicia quando uma formiga-Rainha recentemente fertilizada abre um buraco no solo, fecha-se lá dentro e permanece ali como prisioneira voluntária. Os ovos crescem em seu corpo por semanas, até meses. Quando os primeiros ovos são colocados e emergem as larvas, a Rainha alimenta-as com sua saliva até alcançarem o estágio de pupas. As primeiras formigas operárias nascem 6 a 8 semanas, após a ovoposição. Sendo tão pobremente alimentadas, são anormalmente pequenas. Porém crescem em importância para o formigueiro por que são as primeiras a saírem para buscar alimento para si, para as que estão nascendo e para a Rainha. Uma importante tarefa, sem dúvida, já que a Rainha permanece ovopositando por toda sua vida.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

JOTA JOTA DEDETIZADORA - PERTO DE VOCÊ!!!

PARA CONTROLE DE PRAGAS E LIMPEZA DE CAIXAS D´ ÁGUA, CHAME:

JOTA JOTA DEDETIZADORA
Rua Professor Joaquim de M Barreto, 188 - São Lourenço
Curitiba - PR, 82200-210
(0xx)41 3253-5566


sexta-feira, 19 de abril de 2013

UM POUCO MAIS SOBRE AS BARATAS...


A espécie Periplaneta americana é conhecida popularmente como “barata de esgoto”, “barata vermelha”, “barata americana” ou “barata voadora”. É muito comum no Brasil, nos estados do sul dos Estados Unidos e em regiões com climas tropicais. Por conta disso é considerada uma espécie cosmopolita, isto é, pode ser encontrada em qualquer tipo de habitat. Esses insetos foram também observados no nordeste dos Estados Unidos (Nova York) e no sul do Canadá, em Montreal, onde são encontrados mais próximos de habitações humanas por não tolerarem temperaturas baixas. São consideradas pragas urbanas. Por conta desta classificação, quando não existe nenhum combate efetivo sobre a causa primária da infestação de uma praga, com o passar do tempo nota-se uma perpetuação e o agravamento do problema para sociedade e para o meio ambiente.


Em relação à alimentação, é classificada como animal onívoro, ou seja, obtêm seu alimento das fontes animal e vegetal. São consideradas espécies sinantrópicas, por viverem perto de habitações humanas, utilizando-se dos restos de alimentos do homem para sua própria alimentação.

Quarenta espécies de todas as existentes (cerca de quatro mil espécies de baratas viventes) são consideradas sinantrópicas e cinco dessas (Blatella germanica - barata alemã, Supella longipalpa - Barata de faixa marrom, Periplaneta americana - barata americana, Periplaneta australasiae - barata australiana, e Blatta orientalis - barata oriental) são praticamente onipresentes nas habitações humanas em diversas regiões do mundo.

Essa presença constante é preocupante, tendo em vista a grande capacidade de proliferação devido ao alto potencial reprodutivo, e a veiculação de microrganismos patogênicos (organismos causadores de doenças), que determina sua importância na saúde pública. Esses agentes ficam aderidos ao corpo do inseto, principalmente nas cerdas das pernas, sendo mecanicamente transportados de uma área contaminada para uma área sem contaminação (área limpa). Essa função de transporte de agentes patogênicos classifica as baratas como vetores mecânicos.

Muitos são os insetos que podem atuar como vetores de enfermidades parasitárias, dentre eles: baratas, moscas e pernilongos. Esses vetores podem ser classificados como biológicos ou mecânicos. No caso de vetores biológicos, o patógeno se multiplica e/ou se desenvolve no vetor, que também lhe serve de transporte. Já em organismos que são vetores mecânicos, o animal apenas tem a função de transporte, como é o caso das baratas.


Além disso, a barata pode atuar como:

1. Reservatório de patógenos: pode abrigar um hospedeiro definitivo (onde o parasita se desenvolve a maior parte da sua vida);

2. Agente infeccioso.

Na espécie Periplaneta americana, em relação às condições de vetor e/ou reservatório de agentes patogênicos, estudos já identificaram várias espécies de vírus, bactérias, fungos, protozoários e pelo menos 12 espécies de helmintos que são carregados por essa espécie. Os helmintos representam um grupo importante de organismos patogênicos transmitidos pelos blatódeos aos vertebrados, sendo superados apenas pelas bactérias.

Em alguns casos as baratas são também responsáveis pela exacerbação de processos alérgicos e de asma, devido a algumas substâncias provenientes de suas fezes, saliva e exoesqueleto, que ficam suspensos no ar.

A barata de esgoto é muito comum no Brasil. Seu ciclo de vida varia de 180 a 195 dias, sendo que uma fêmea ovipõe, durante sua vida em média 225 ovos, dispostos em várias ootecas (agrupamento de ovos depositados em um invólucro rígido, feito pelo próprio inseto, para proteção da prole). Essas ootecas são depositadas próximas a uma fonte de alimento, em locais protegidos, aumentando a chance de sobrevivência das ninfas. As fêmeas também podem depositar essas ootecas em superfícies, utilizando secreções de sua peça bucal. A eclosão desses ovos ocorre em aproximadamente 55 dias, dependendo de alguns fatores ambientais como: condições de temperatura, umidade, disponibilidade de alimentos, entre outros.

A temperatura é um dos principais fatores ecológicos que interage com esses insetos. Este fator interfere diretamente o desenvolvimento e o comportamento desses animais e indiretamente sua alimentação. A temperatura atua sobre a quantidade de alimento que será consumido, na reprodução, fecundidade, fisiologia, etologia (comportamento animal) e longevidade dos insetos.

As ninfas das baratas que emergem da ooteca podem sofrer até treze ecdises antes de atingirem a maturidade sexual. A ecdise trata-se de um processo, controlado por hormônio, de mudança do exoesqueleto, e depende das condições ambientais, principalmente do teor protéico em sua dieta. As ninfas vivem em grandes grupos e ficam misturadas com os adultos, procuram lugares úmidos e escuros como locais de proteção.

1. Barata Cascuda ou Barata Grande dos Armazéns (Leucophaea maderae ou Rhyparobia maderae)

2. Barata Vermelha (Periplaneta americana)
   
3. Barata Australiana (Periplaneta australasiae)

4. Baratinha, Barata doméstica ou Barata Alemã (Blattella geramanica)
    

segunda-feira, 15 de abril de 2013

CARRAPATOS - SAIBA MAIS SOBRE ELES...


Carrapatos são pequenos aracnídeos parasitas que necessitam de sangue para sobreviver e reproduzir.

Os registros fósseis sugerem sua existência há pelo menos 90 milhões de anos e há mais de 800 tipos de carrapatos no mundo.

Eles não voam, não pulam (como as pulgas) e sim vão andando e se agarram no hospedeiro. Carrapatos possuem uma relação mais próxima com as aranhas e ácaros do que com insetos como pulgas. Eles podem atacar uma variedade grande de anfitriões, como cães, pássaros, gatos e humanos.


Geralmente atacam no início da primavera até o fim do verão. Podem ser encontrados em todos os cantos, desde áreas urbanas à parques e se proliferam rapidamente em um ambiente.

A maioria dos carrapatos não transmite doenças. Há, porém, uma variedade de doenças transmitidas por carrapatos e seus sintomas variam de acordo com o microbio (patogênese), assim como o tratamento.

Apenas duas famílias de carrapatos, Ixodidae (carrapatos duros) e Argasidae (carrapatos moles), são conhecidas por transmitir doenças aos seres humanos. Carrapatos duros possuem escudos ou placa dura em suas costas, enquanto carrapatos moles não.

Apesar das pessoas não poderem pegar essas doenças diretamente dos cães, carrapatos infectados podem morder os humanos e transmitir diretamente para o homem. Se o seu cão está exposto, você e sua família também estão.

Carrapatos possuem um ciclo de vida complexo que inclui ovos, larvas, ninfas e adultos machos e fêmeas. A larva, as ninfas e os adultos precisam de sangue. Geralmente , a fêmea adulta (carrapato duro) é que mais causa mordidas, já que  é comum que os machos morram após a copulação.

Apesar de que se não se alimentarem os carrapatos irão morrer eventualmente, muitas espécies podem sobreviver um ano ou mais sem uma refeição. Os carrapatos duros tendem a se alimentar por horas ou dias. A transmissão geralmente ocorre no final da refeição quando o carrapato está cheio de sangue. Carrapatos moles geralmente se alimentam por menos de uma hora. A transmissão de doenças nos carrapatos moles pode acontecer em menos de um minuto. A mordida de alguns dos carrapatos moles produz uma reação intensamente dolorosa.

Ciclo de vida do carrapato

Ovos: Podem ser milhares e, em duas semanas, estão prontos para dar origem às larvas.

Larva: Após eclodir do ovo, a larva procura imediatamente por sangue. Uma vez alimentada, volta ao solo e muda para a fase evolutiva seguinte.

Ninfa: Depois de mudar para ninfa, o carrapato procura por mais sangue. Uma vez alimentado, cai no solo e muda novamente, agora para a fase adulta.

Adulto: Já adulto, o carrapato procura por sangue outra vez. Quando estão cheias de sangue, as fêmeas se desprendem do hospedeiro para realizar a oviposição no ambiente.


Doenças de carrapatos:

Babesiose: Causa uma severa anemia que pode danificar o fígado, os rins e o baço, sendo o primeiro sintoma uma febre de mais de 41 º C. A urina fica escura por causa da presença de sangue.  Algumas vezes, a doença causa sintomas neurológicos, como ranger de dentes ou comportamento trôpego, e os cachorros morrem em quatro dias. Para tratar a babesiose, usam-se drogas antiprotozoárias. No Brasil, a maior incidência de casos de Babesiose se dá no nordeste, sendo menos comum nos estados do Sul e do Sudeste.

Erliquiose: Produz uma ampla variedade de sintomas, desde sangramento nasal, febre de até 40,5º C até a supressão do sistema imunológico. A opção para tratamento são antibióticos, como tetraciclina.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

DENGUE - VAMOS EVITAR ESTA PRAGA!



A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue.

As condições socioambientais favoráveis à expansão do Aedes aegypti possibilitaram a dispersão do vetor desde a sua reintrodução, em 1976, e o avanço da dengue. Essa reintrodução não conseguiu ser controlada com os métodos tradicionalmente empregados no combate às doenças transmitidas por vetores em nosso país e no continente.

Programas essencialmente centrados no combate químico, com baixíssima ou mesmo nenhuma participação da comunidade, sem integração entre setores e com pequena utilização do instrumental epidemiológico mostraram-se incapazes de conter um vetor com altíssima capacidade de adaptação ao novo ambiente criado pela urbanização acelerada e pelos novos hábitos.

Mosquito Aedes aegypti
O vírus causador da dengue possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo, mas imunidade parcial e temporária contra os outros três.

 A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão se dá pelo mosquito que, após um período de 10 a 14 dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias.

Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos. O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento.
A fêmea do Aedes aegypti voa até mil metros de distância de seus ovos. Com isso, os pesquisadores descobriram que a capacidade do mosquito é maior do que os especialistas acreditavam. Até então, eles sabiam que essa espécie só se distanciava cem metros.

Dengue Clássica

 Febre alta com início súbito.
 Forte dor de cabeça.
 Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos.
 Perda do paladar e apetite.
 Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores.
 Náuseas e vômitos·
 Tonturas.
 Extremo cansaço.
 Moleza e dor no corpo.
 Muitas dores nos ossos e articulações.

 Dengue hemorrágica

Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta:

 Dores abdominais fortes e contínuas.
 Vômitos persistentes.
 Pele pálida, fria e úmida.
 Sangramento pelo nariz, boca e gengivas.
 Manchas vermelhas na pele.
 Sonolência, agitação e confusão mental.
 Sede excessiva e boca seca.
 Pulso rápido e fraco.
 Dificuldade respiratória.
 Perda de consciência.

 Algumas dicas para evitar a proliferação:



terça-feira, 2 de abril de 2013

ENTENDA UM POUCO MAIS SOBRE PRAGAS URBANAS!


Eles são pequenos em tamanho, mas têm potencial para tirar qualquer marmanjo do sério. Atire a primeira pedra quem nunca se perguntou para que servem pernilongos, baratas, formigas e cupins, se não para infernizar a vida de todos. Poucas coisas são mais irritantes do que um pernilongo zumbindo no ouvido durante a madrugada. Ou mais frustrantes do que tentar acabar com o passeio das formigas pela pia da cozinha ou o berço do bebê. Para quem imagina que o problema está só em sua casa ou seu bairro, um consolo: eles estão por toda parte e cada vez mais presentes nos centros urbanos. Agora a má notícia: é mais fácil os seres humanos sucumbirem do que os insetos sumirem do mapa.


A culpa é da própria biologia e da facilidade de adaptação desses animais, que estão no planeta há milhões de anos. O fóssil mais antigo de barata tem quase 350 milhões de anos. Não é exagero dizer que as baratas serão uma das poucas espécies a sobreviver a uma bomba atômica. Elas resistem até um mês sem comida, uma semana sem água e 40 minutos sem respirar. Seus ovos são imunes a todo tipo de produto químico. “É a consequência natural da civilização. Pernilongos seguem o ser humano desde o início dos tempos porque precisam de sangue para sobreviver. E o estilo de vida de hoje propicia o aumento e a manutenção desses insetos”, diz Anthony Érico Guimarães, entomólogo da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro. As formigas e os cupins são espécies que vivem em colônias e possuem estruturas sociais muito bem definidas. Constroem ninhos em locais seguros e se espalham rapidamente, o que dificulta seu controle.

Mosquitos: eles surgiram com os mamíferos, sua fonte de alimento. No Brasil, há mais de 1,5 mil espécies. As mais comuns nas cidades são o pernilongo (Culex),
de hábitos noturnos, e o transmissor da dengue (Aedes aegypti), com hábitos diurnos. A fêmea do pernilongo, que desfere as picadas, necessita de uma proteína do sangue humano para a maturação de seus ovos. As fêmeas vivem cerca de 30 dias e botam até quatro mil ovos, dos quais menos da metade vira novos mosquitos.
Se esses animais estão aqui há tanto tempo, devem ter algum valor científico, ao menos para os biólogos. “As baratas são excelentes decompositoras de matéria orgânica”, afirma Marcos Potenza, do Instituto Biológico de São Paulo. “As formigas são melhores do que as minhocas no preparo do solo. Elas cavoucam a terra e ajudam na passagem de água e nutrientes para as plantas”, diz Ana Eugênia de Campos Farinha, também do Biológico. Difícil se convencer das qualidades de uma barata, mas é melhor isso do que amaldiçoar a espécie toda vez que se deparar com um exemplar no meio da noite, parada na cortina do quarto. De uma maneira ou de outra, contribuímos para a proliferação dessas pragas. Com o crescimento dos centros urbanos ocorre a degradação do meio ambiente e uma alteração significativa nas espécies animais. “Na natureza, quem faz o controle ecológico são os predadores. Nas cidades, não há quantidade suficiente de passarinhos e aranhas para se alimentarem dos insetos e dessa forma manter o equilíbrio natural”, diz João Justi Júnior, outro pesquisador do Instituto Biológico de São Paulo.

A expansão habitacional obriga os insetos a mudar de hábitos para sobreviver. Uma colônia de cupins que vivia numa árvore terá que procurar outro abrigo, caso sua moradia seja derrubada.

Baratas: Habitam o planeta há mais de 300 milhões de anos e têm a maior capacidade de adaptação do reino animal. Há quatro mil espécies no mundo. No Brasil, são mais de 600. As mais comuns nas cidades são a barata de esgoto (Periplaneta americana), que vive até dois anos e tem até 800 filhotes, e a barata de cozinha (Blattella germanica), que vive um ano e gera 20 mil filhotes. Ambas têm hábitos noturnos e se concentram em locais de pouca atividade (gabinetes de cozinha, lavanderia, garagens e depósitos). São ágeis graças à articulação das pernas: as dianteiras são para agarrar, as do meio para levantar o
corpo e as de trás para dar impulso. Algumas espécies (como a de esgoto) têm atração por bebidas alcoólicas, principalmente a cerveja.         


Assim se explica a infestação de insetos em condomínios construídos nos arredores das grandes metrópoles, onde os cupins devoram as estruturas e os móveis de madeira de casas novíssimas. Em intensidade diferente, os insetos causam problemas em quase todos os cantos do País. “É uma questão de sobrevivência. Os humanos invadem o ecossistema e os cupins são obrigados a se adaptar e procurar alimentos em outro lugar. E encontram madeira dentro das casas”, diz o biólogo Potenza. Sem contar que, quanto mais habitantes, maior é a quantidade de recipientes vazios, vasos, pneus velhos, caixas-d’água e lixo. Todos ótimos criadouros para pernilongos, baratas e formigas. “Ao contrário dos borrachudos, que procriam em águas limpas e servem como indicativo de boa qualidade ambiental, os pernilongos e os mosquitos, de maneira geral, precisam de um mínimo de água suja e parada para depositarem suas larvas”, diz Justi. Por isso as campanhas contra a dengue sugerem que se evite deixar água no prato dos vasos de plantas. “A dengue é transmitida por um mosquito ligado aos hábitos humanos. A cada ano, cerca de 50 milhões de pessoas são infectadas no mundo e o Brasil contribui bastante para esse número”, afirma Guimarães, da Fiocruz.

As reclamações recebidas pela Associação Paulista dos Controladores de Pragas Urbanas (Aprag) sobre invasões de pernilongos, baratas, cupins, pulgas e formigas é grande. “Nos últimos três anos, percebemos um aumento na população de insetos, principalmente entre as formigas.

Formigas: o fóssil mais antigo de formiga tem 80 milhões de anos. No Brasil, são cerca de 30 espécies adaptadas aos humanos. As formigas domésticas mais comuns são a fantasma (Tapinoma melanocephalum), a louca (Paratrechina longicornis), a carpinteira (Camponotus spp), a lava-pés (Solenopsis), a cabeçuda (Pheidole) e a acrobata (Crematogaster). A lava-pés é encontrada em parques e jardins; as outras vivem em ambientes fechados. As formigas são vetores de fungos e bactérias, o que pode contaminar alimentos e causar doenças.
O clima cada vez mais quente, com invernos menos rigorosos, piora o quadro”, diz o biólogo Sérgio Bacalini, diretor-executivo da Aprag. No calor, o ciclo biológico dos insetos é mais acelerado. Eles se reproduzem mais vezes porque o calor ajuda os ovos a eclodirem antes. Entre as formigas, a situação é mais complexa. Aquelas que passeiam pela casa em busca de alimento, as chamadas operárias, representam no máximo 10% da colônia de formigas. E se percebem algum perigo, elas se separam e criam outros formigueiros, parte deles interligada por túneis subterrâneos. Essa é a razão pela qual os especialistas desaconselham borrifar inseticida sobre a fileira de formigas, pois os insetos sentem o cheiro de produtos químicos a distância. “O ideal é usar iscas tóxicas, com baixa concentração de veneno. Nem sempre os remédios funcionam para todas as espécies, e por isso se recomenda procurar ajuda de um profissional”, explica Ana Eugênia. As operárias levam a isca tóxica para dentro do formigueiro, alimentam as larvas e as rainhas. Se uma delas morrer no percurso, o processo inteiro estará comprometido.

Cupins: existem cerca de três mil espécies no mundo. No Brasil são 500. Nas metrópoles, duas espécies causam maior prejuízo: o cupim de madeira seca (Cryptotermes brevis) e o subterrâneo ou de concreto (Coptotermes havilandi). Eles vivem em colônias e se alimentam de madeira e celulose. Os cupins são mais visíveis na primavera, quando ocorre a revoada dos siriris, futuros reis e rainhas, que são atraídos pela luz dos postes e residências. Os cupins de madeira seca são devoradores de móveis e o barulho que se ouve é resultado da ação de suas mandíbulas.      
  
Formigas de DVD – Algumas espécies, como a lava-pés, picam, outras mordem e outras liberam uma espécie de ácido que causa alergia na pele. É o caso da carpinteira, comum dentro de casa e com fascínio por equipamentos eletrônicos. “Esse ambiente é propício para essas formigas: é quente, protegido e aconchegante. Elas se alimentam do que há dentro dos equipamentos”, diz Ana Eugênia. Não raro, os aparelhos são destruídos. Ao passar pelos circuitos internos, as formigas levam choques que estimulam a liberação de um ácido que corrói os circuitos. Com as pulgas ocorre algo parecido. Não adianta colocar remédios nos animais domésticos para exterminá-las. É preciso tratar todo o ambiente. Isso porque, na falta do hospedeiro natural, no caso cães e gatos, as pulgas atacam os humanos.
Essa mesma mudança de comportamento transformou em pragas urbanas outras espécies nativas, uma tendência que os especialistas garantem que vai aumentar. O caso de maior evidência é o dos carrapatos, que, assim como pulgas e pernilongos fêmeas, se alimentam do sangue.

Comuns no campo, eles são levados para as cidades a bordo do corpo de cachorros e gatos que visitam o sítio ou a fazenda nos finais de semana. “Os animais domésticos viajam para o campo e voltam para casa infestados de carrapatos”, diz o biólogo Marcos Potenza. O tipo que preocupa os médicos é conhecido como carrapato estrela, é encontrado em cavalos, bois, vacas e capivaras e pode infectar humanos. Quando está na fase de larva, ele provoca coceiras na pele. Ao virar adulto, o carrapato pode transmitir uma doença chamada febre maculosa. “Por ser um problema recente nas cidades, muitos médicos não identificam a doença de imediato, mesmo porque os sintomas são parecidos com os de uma gripe forte, meningite ou leptospirose”, diz Potenza.
  
Carrapatos: pertencem ao grupo dos ácaros e estão se tornando uma praga. Os tipos mais comuns são o carrapato estrela (Amblyomma cajenense), carrapato vermelho (Rhipicephalus sanguineus) e o Amblyomma cooperi, exclusivo das capivaras. Com o aumento da população desses mamíferos, é cada vez mais frequente o aparecimento de carrapatos em parques públicos, matas ciliares, rios e lagos. O estrela está chegando às cidades, trazido por animais domésticos. O carrapato de cachorro costuma se abrigar em frestas nas paredes, cortinas e tapetes.
Além dos insetos, viagens ao campo podem facilitar a migração de outros bichos para as grandes cidades. É o caso das aranhas, que transitam dentro de sapatos e malas. Comuns na Amazônia e no Sudeste do País, a mais perigosa delas é a armadeira, que é venenosa e pode saltar até 40 cm em direção à vítima. Os ataques são mais comuns nos meses de março e abril, o período de acasalamento. Elas possuem hábitos noturnos e durante o dia permanecem escondidas sob troncos de árvores, bromélias e em locais escuros, como sapatos e atrás de móveis e cortinas. As armadeiras não vivem em teias e atingem 15 cm quando estão com as pernas em posição de ataque. Outra espécie venenosa de importância médica é a aranha-marrom, que vive em teias irregulares, comprovando a tese de que quanto mais feia for uma teia, mais venenosa será a aranha. Elas são pequenas, no máximo três centímetros, têm hábitos noturnos e preferem clima frio. São encontradas sob raízes de árvores e folhas caídas, ou ainda entre móveis, telhas e tijolos. Elas não atacam. Picam apenas quando são pressionadas contra o corpo da vítima.

O tratamento e o combate às pragas urbanas requer paciência, manejo integrado e, acima de tudo, bom senso. “Formigas numa UTI de hospital podem trazer riscos à saúde, mas dentro de casa, nem sempre. Além disso, onde há formigas não há baratas. Elas se alimentam dos ninhos de baratas”, afirma Carlos Roberto Brandão, diretor do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP). Os especialistas aconselham medidas básicas: manter o ambiente limpo, sem restos de comida; consertar vazamentos; rejuntar azulejos; não acumular papéis e caixas de papelão; e, principalmente, redobrar o cuidado ao levar vasos e caixas para casa, que são ótimos ninhos.

Convivência – Outra recomendação é não enterrar madeiras e restos de materiais de construção, os alimentos preferidos dos cupins. “Muitos aspectos da arquitetura moderna contribuem para o sucesso do cupim subterrâneo. Enterrar restos de celulose resultantes de obras é fornecer alimento extra a eles”, assegura Ana Maria Costa Leonardo, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de São Carlos. Já que a convivência com animais é inevitável, é bom garantir que, ao menos, ela se dê em harmonia. “Temos a falsa impressão de que não podemos conviver com bichos. Não podemos esquecer que somos parte da natureza”, diz Brandão. Bom que os insetos saibam disso, antes que eles descubram um jeito de nos exterminar.

segunda-feira, 18 de março de 2013

ESTUDOS AMBIENTAIS - PRAGAS URBANAS


Dentre os problemas relacionados ao processo de urbanização, as pragas urbanas assumem importância cada vez maior visto que interferem diretamente na qualidade de vida do homem.
Por volta de 1800 pouco menos de 2% da população mundial vivia em cidades. Naquela época a sociedade humana era fundamentalmente rural e agrária. Com a revolução industrial, em pouco mais de um século esta sociedade tornou-se francamente urbana. Hoje mais da metade da população humana vive em cidades. Algumas destas cidades apresentam aglomerados humanos com milhões de indivíduos.

Concomitantemente ao processo de urbanização, e mais recentemente, da globalização, a humanidade vem se defrontando com um conjunto absolutamente novo de problemas políticos, econômicos , de saúde e saneamento e ecológicos. Dentre estes problemas aqueles referentes a pragas urbanas assumem importância cada vez maior visto que interferem diretamente na qualidade de vida do homem. Apesar destes fatos enxergar a cidade como uma biocenose e estudá-la como tal é uma prática ainda recente mas que vem se desenvolvendo nos últimos anos.

Sempre que se constrói uma cidade, cria-se uma nova biocenose completamente diferente daquela originalmente existente. Uma série de nichos ecológicos desaparecem e outros novos surgem. Várias espécies vegetais e animais que existiam no ambiente natural desaparecem e outras novas são importadas. Um conjunto novo e único de fontes de alimento e locais de abrigo estarão sendo oferecidas à esta nova fauna. Relações absolutamente novas de competição e predação estarão se estabelecendo. É impossível prever quais serão todas as espécies que conseguirão sobreviver dentro do novo ecossistema. Algumas (como, baratas, formigas, cupins, ratos, etc.), entretanto, certamente estarão neste novo ecossistema.

Conhecer a biologia e os papeis ecológicos destes grupos de pragas urbanas pode ser um bom ponto de partida para entendermos mais adequadamente a ecologia das cidades. Em função disto são apresentados alguns dados coletados ao longo de nove anos na região a grande São Paulo referentes a ocorrências de diferentes grupos de espécies praga.   

No período pesquisado, a probabilidade média de ocorrência de algum tipo de praga foi de 13,96%. Neste período 53,21% das ocorrências observadas referiam-se a insetos voadores: moscas (30,0%) e mosquitos (21,21%). Baratas responderam por 15,43% e formigas por 15,31% das ocorrências. Aranhas corresponderam a 7,38% e roedores a 1,14%. Outras espécies (como cupins, abelhas, traças etc) corresponderam a 9,52% da amostra.

Os dados do período mostraram, também, uma marcante sazonalidade nas ocorrências. Nos meses de janeiro até abril o nível total de ocorrências é mais de duas vezes maior do que aquele observado no mês de julho. São diferentes as curvas de sazonalidade para diferentes espécies pragas. O conhecimento destas curvas é importante no planejamento de ações preventivas. Estas curvas mostram, também, a resposta destas populações a fatores climáticos como temperatura, pluviosidade etc.

Registros de casos mostram interessantes processos de adaptação e plasticidade biológica. Ninhos de cupins desenvolvendo-se no interior de lajes estruturadas em caixão perdido e ninhos de abelhas no interior de postes de eletricidade são bons exemplos não só de plasticidade biológica mas, também de como uma estrutura artificial pode tornar-se um sucedâneo ecológico de elementos naturais para espécies
urbanas.

sexta-feira, 15 de março de 2013

RATOS - APRENDENDO UM POUCO MAIS...


Residências que possuem cães são atrativas para roedores, pois o cidadão brasileiro não é como o europeu ou americano que remove o restante da ração após ter alimentado seu animal, ficando a mesma a mercê dos ratos.

Ratos, ratazanas e camundongos adaptaram-se muito bem à maneira de viver do homem, tornando- se uma praga de grande relevância. Um casal de ratos na idade de seis à sete meses, já produziu uma média de quarenta novos indivíduos, levando-se em consideração fatores limitantes como alimento disponível e doenças. A visão do rato é ruim além de ser daltônico, mas em compensação possui os outros sentidos muito desenvolvidos.
As perdas econômicas causadas pelos roedores é de grande relevância nas lavouras, na armazenagem de grãos onde a sua ação é devastadora, nas indústrias de transformação de alimento, em locais de confinamento de animais etc. Além de causarem danos, transmitem doenças aos animais e ao homem.
  
São responsáveis pela perda de 30% da produção nacional de grãos e 4% da produção mundial.
A cada 3 dias há registro em hospitais e postos médicos de 1 pessoa com lesões por roedura de ratos.
O Brasil possui o maior número de espécies e subespécies de roedores na fauna silvestre.
A Suíça mantém 0,5 rato per capita, os EUA 2, enquanto no Brasil, nos grandes centros urbanos, existem 15 ratos/habitante, sendo a média nacional de 8.
O rato tem existência paralela à civilização de um povo, na Suíça a média de vida de um rato é de 6 meses, já no Brasil ele vive até 2 anos.
Se acasalarmos 1 casal de ratos em janeiro, em dezembro teremos 180 mil descendentes e no período de 10 anos serão 48 trilhões.
30% dos incêndios em instalações industriais e comerciais de causas não definidas, são atribuídas à roedores.
Na Idade Média, através da transmissão da Peste Negra (peste bubônica e pneumônica), os ratos aniquilaram 25 a 50% da população européia, dependendo do país atingido.
Atualmente os ratos e suas pulgas espalham diversos tipos de doenças como : tifo, febre da mordida, leptospirose, hantavírus, triquinose, salmonelose e outras.
O hantavírus (vírus letal transmitido pelos ratos) pode ser propagado, simplesmente pelo caminhar do indivíduo sobre superfície de poeira, através da inalação desta. A febre hemorrágica é o pior tipo da doença causada pelo vírus, provoca hemorragia pelos poros, olhos e liquefaz os órgãos internos com altíssimo grau de mortalidade.
Os ratos conseguem sobreviver e dar continuidade à espécie em qualquer ambiente, devido a sua extraordinária adaptabilidade, ex.: um rato da Sibéria, que possui pelagem de 11 cm, quando trazido para o Brasil, em 6 meses já produz descendentes com 1 cm de pelagem.
Os ratos têm neofobia, fobia pelo novo. Quando entram em contato com objetos ou alimentos recém introduzidos em sua área, enviam os doentes e os idosos do seu grupo para testar o novo produto, depois de algum tempo, se não houver perigo, consomem o produto, por isso nenhum raticida pode ter efeito fulminante, pois seriam facilmente identificados e não consumidos. Ex.: é proibido a utilização de "chumbinho".
As colônias competem entre si e quando não há oferta de alimento suficiente, comem seus próprios filhotes.
Residências que possuem cães são atrativas para roedores, pois o cidadão brasileiro não é como o europeu ou americano que remove o restante da ração após ter alimentado seu animal, ficando a mesma a mercê dos ratos.
O crescimento ininterrupto dos seus dentes incisivos faz com que roam tudo que encontrar, para exercitar sua arcada dentária, atacando: chumbo, diversos metais, alumínio, cobre, madeira, plástico, fios eletrificados, etc.
Efeito Bumerangue ou Inversão de Efeito é quando não se obtém a diminuição de ratos em uma área, após um trabalho de desratização e sim inverte-se o efeito desejado aumentando a população existente, ex.: uma colônia que tenha 10 ratos adultos, o aparecimento do 11º rato inicia o canibalismo, os recém nascidos são abandonados pelas mães e comidos pelos adultos, as fêmeas diminuem sua freqüência de cio e parem ninhadas reduzidas (as quais são canibalizadas), somente se ocorrer a morte de 1 dos 10 ratos dessa colônia é que a vaga é preenchida por algum filhote, dessa forma a colônia auto regula-se.
Caso o homem intervenha nesse equilíbrio e consiga eliminar 4 indivíduos dessa colônia, as fêmeas gerarão 20 pequenos ratos, que vão se alimentar da porção de comida dos 4 adultos eliminados, haverá competição direta entre esses 20 filhotes que vão disputar a vaga em aberto na colônia, recompondo o número original, onde os 4 mais fortes tentam eliminar os 16 outros jovens mais fracos, porém esses 16 já não são tão desprotegidos, nem tão inábeis e assim salvam suas vidas fugindo do território e vão habitar as áreas contíguas, estabelecendo novas colônias, dessa forma ao invés da colônia anterior de 10 indivíduos, depara-se com 26 ratos.

Os roedores estão classificados como:
REINO: Animal
RAMO: Chordata (VERTEBRADOS)
CLASSE: Mammalia (MAMÍFEROS)
ORDEM: Rodentia (ROEDORES)
SUB ORDEM: Myomorpha
FAMÍLIA: Muridae
ESPÉCIES: Rattus norvegicus, Rattus rattus, Mus musculus

Ratazanas, rato de esgoto, gabirú, rato pardo (Rattus norvegicus)
O gênero Rattus abrange 56 espécies sendo que somente algumas poucas causam problemas ao homem. Estes roedores são tipicamente generalistas, exibindo ampla preferência por habitats e alimentos. São as espécies em maior número dentre os mamíferos presentes em várias regiões do planeta.
O adulto possui corpo robusto com 18 a 25 cm de comprimento podendo pesar de 250 a 600 gramas. Com pêlos ásperos, orelhas pequenas e arredondadas, olhos de tamanho pequeno em relação ao resto da cabeça. As patas possuem calos lisos e membranas interdigitais. A cauda é grossa e peluda medindo 15 a 21 cm. São de hábito noturno e transitam com extrema cautela sendo difícil visualizar suas atividades. Possuem um raio de ação de 30-45m em relação ao abrigo.
Possui uma vida média de 02 anos sendo sexualmente maduro entre 60-90 dias de idade. A gestação da fêmea dura de 22 a 24 dias com 08 a 12 ninhadas por ano. Cada ninhada possui de 08 a 12 filhotes com uma média de sobrevivência de 20 filhotes após o desmame por fêmea/ano. Vivem em colônias que agregam até algumas centenas de indivíduos em territórios definidos, e com a presença de dois grupos distintos, os dominantes e os dominados. Em caso de competição com outras espécies (Rattus rattus) a espécie Rattus norvegicus geralmente predomina pelo maior porte e agressividade. Devido a falta de alimento pode ocorrer competição entre colônias.
Seus ninhos geralmente se localizam em tocas ou galerias escavadas no subsolo, onde encontramos pêlos, fezes, restos de alimentos e outros detritos. Fazem suas trilhas ao ar livre formando sulcos no solo e desgastando a vegetação rasteira, buscando água e alimento. A planta dos pés é estreita e sem estrias. Encontramos mancha única de atrito corporal junto ao solo, paredes e muros. As fezes são em forma de cápsulas com extremidades rombudas. Pode-se encontrar sinais de roedura em alumínio, chumbo, argamassa, madeiras próximas ao solo.
São animais onívoros e consomem diariamente 20 a 30g/dia de alimento, que pode ser lixo orgânico, cereais, raízes e carne. Consome de 15 a 30 ml de água/dia.
São excelentes escavadores construindo galerias no subsolo com várias saídas. Devido ao hábito noturno deve-se remover diariamente o lixo e indisponibilizá-lo no período da noite evitando suas visitas ao local. Esta espécie é frequentemente encontrada em beira de córregos e rios, terrenos abandonados, jardins sem manutenção adequada, rede de esgoto e galerias fluviais, depósitos de lixo e entulhos diversos, próximo as linhas férreas.

Rato de telhado, rato preto, rato de paiol, rato de forro, rato de navio (Rattus rattus)
O adulto possui corpo esguio com 16 a 21 cm de comprimento podendo pesar de 80 a 300 gramas. Com pelagem delicada e dorso preto ou cinza, orelhas e olhos grandes e salientes em relação a cabeça. As patas possuem calos estriados e sem membranas interdigitais. A cauda é fina em chicote com poucos pêlos medindo 19 a 25 cm. São de hábito noturno e escalam com extrema facilidade. Possuem um raio de ação de 30-60m em relação ao abrigo.
Possui uma vida média de 18 meses sendo sexualmente maduro entre 60-75 dias de idade. A gestação da fêmea dura de 20 a 22 dias com 04 a 08 ninhadas por ano. Cada ninhada possui de 07 a 12 filhotes com uma média de sobrevivência de 20 filhotes após o desmame por fêmea/ano. Os ninhos são geralmente acima do solo nos sótãos, forros das casas, arbustos, sacarias, frestas de muros, armazéns, porões de navios e nas áreas portuárias. Junto aos muros e madeiramento do telhado encontramos, muitas vezes, fezes e manchas de gordura causadas pelo atrito do corpo nestes locais. Em locais elevados, junto a vigas, canos e colunas encontramos mancha dupla nos locais de manobra para contornar obstáculos. As fezes são afiladas.
De hábito onívoro consome diariamente de 15 a 30g de alimento/dia, concentrando sua dieta em legumes, frutas, cereais, raízes e pequenos insetos. Consomem de 15 a 30 ml de água/dia.

Camundongo, catita, ratinho caseiro (Mus musculus)
O adulto possui corpo delgado com 8 a 9 cm de comprimento podendo pesar de 10 a 21 gramas. Com pelagem delicada e sedosa, orelhas grandes e salientes em relação a cabeça afilada, olhos pretos e salientes de tamanho pequeno em relação ao resto da cabeça. As patas são escuras e sem membranas interdigitais. A cauda é fina e sem pêlos medindo 8 a 10 cm. São de hábito noturno e escondem-se com extrema facilidade em locais estreitos e de difícil acesso. Possuem um raio de ação de 03 a 09 m em relação ao abrigo.
Possui uma vida média de 12 meses sendo sexualmente maduro entre 42-45 dias de idade. A gestação da fêmea dura de 19 a 21 dias com 05 a 06 ninhadas por ano. Cada ninhada possui de 4 a 8 filhotes com uma média de sobrevivência de 30 filhotes após o desmame por fêmea/ano. Os ninhos são geralmente terrestres e acima do solo, geralmente no interior de residências. Realizam seus ninhos em guarda-roupas, frestas de rodapés, prateleiras de livros e móveis em geral onde notamos a presença de pelos, restos de alimentos, fiapos de pano, papel e outros detritos. Escalam com facilidade abrigando-se em despensas, armários, espaços internos nas paredes e depósitos. Se alimentam de cereais, farelos, pão e queijos (3 g/dia) e possuem pouca exigência quanto ao consumo de água. As fezes são em forma de bastonete. As roeduras são delicadas, geralmente grãos parcialmente roídos e abandonados.

Medidas Preventivas:

Antirratização
Acondicionamento correto do lixo; dispor o lixo na rua somente na hora que o coletor recolher; nunca jogar lixo a céu aberto; acondicionamento correto de alimentos; inspeção periódica de locais que possam servir de abrigo e material que adentre ao ambiente; vedar frestas ou vãos; colocar telas, grelhas, ralos do tipo abre-fecha, sacos de areia; evitar acúmulo de materiais inservíveis; manter terrenos baldios limpos e murados; manter limpas as instalações de animais domésticos; educação da comunidade envolvida.

Desratização
O uso de venenos deve ser feito por pessoas capacitadas na manipulação dos mesmos e que conheça as técnicas de aplicação, uma vez que o uso descontrolado pode contribuir para o aumento da população em vez de controlá-los.

terça-feira, 5 de março de 2013

BARATAS - CHAME A JOTA JOTA...


Blattaria ou Blattodea é uma ordem de insetos cujos representantes são popularmente conhecidos como baratas. É um grupo cosmopolita, sendo que algumas espécies (menos de 1%) são consideradas como sinantrópicas. Entre os principais problemas que as baratas podem ocasionar aos seres humanos está a atuação delas como vetores mecânicos de diversos patógenos (bactérias, fungos, protozoários, vermes e vírus). As baratas domésticas são responsáveis pela transmissão de várias doenças, através das patas e fezes pelos locais onde passam. Por isso são consideradas perigosas para a saúde de seres humanos.
Entre as espécies mais conhecidas estão a barata americana, Periplaneta americana, que mede cerca de 30 milímetros (1,2 in) de comprimento, a barata alemã, Blattella germanica, com cerca de 15 milímetros (0,59 in) de comprimento, a barata asiática, Blattella asahinai, também com cerca de 15 milímetros (0,59 in) de comprimento, e a barata Oriental, cerca de 25 milímetros (0,98 in). Baratas tropicais são muitas vezes muito maiores, e os parentes extintos das baratas são as 'roachoids', como o Archimylacris Carbonífero e o Permiano Apthoroblattina que não eram tão grandes como as maiores espécies modernas.
Existentes há mais de 300 milhões de anos, as baratas já somam cerca de 5.000 de espécies no mundo. O corpo das baratas tem formato ovular e deprimido. Seu tamanho pode variar de alguns milímetros até quase 10 centímetros. A cabeça é curta, subtriangular, apresentando olhos compostos grandes e geralmente dois ocelos (olhos simples). Em geral são de coloração parda, marrom ou negra, porém existem espécies coloridas. Nas zonas tropicais, predominam as de cor marrom avermelhada, além das cores verde e amarela.
O formato e o tamanho variam dependendo da espécie, mas em gênero podemos dizer que as fêmeas são maiores que os machos, porém os machos têm as asas mais desenvolvidas. A alimentação é variada. As baratas são insetos onívoros, ou seja, comem qualquer coisa, tendo principal atração por doces, alimentos gordurosos e de origem animal. Uma curiosidade é que podem viver uma semana sem beber água e até um mês sem comer.Conseguem perceber o perigo através de mudanças na corrente do ar à sua volta. Elas possuem pequenos pelos nas costas que funcionam como sensores, informando a hora de correr.
Gostam de lugares quentes e úmidos, sendo encontradas na: serrapilheira, sob pedras, cascas de arvores, em ninhos de himenópteros e isópteros, no interior das edificações humanas (principalmente na cozinha), e na rede de esgoto. Há algumas espécies semi-aquáticas e aquáticas (Epilampra - Blaberidae), e outras que vivem em desertos e cavernas.

A maioria das espécies é solitária, com algumas espécies apresentando habito gregário (exemplificadas pelas espécies domésticas), sendo Cryptocercus punctulatus considerada como uma espécie subsocial, que vive em árvores e como os cupins possuem simbiontes intestinais.Em geral apresentam hábito noturno (principalmente as de ambiente urbano), sendo que neste período procuram por alimento e parceiros(as) para o acasalamento, e realizam oviposição e dispersão. Durante o período diurno permanecem escondidas. Quando as baratas urbanas aparecem durante o período diurno, está ocorrendo: uma alta densidade populacional (para cada barata encontrada, podem haver 1.000 escondidas) e/ou a falta de alimento e água. As espécies diurnas são frequentemente coloridas e arborícolas. As baratas gastam 75% de seu tempo descansando, no qual assumem uma posição característica: antenas voltadas para frente com um ângulo entre elas de 60º e as pernas mantém o corpo rente à superfície.