sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ESCORPIÃO - VOCÊ CONHECE?

O escorpião, também conhecido por lacrau ou alacrau, é um animal invertebrado artrópode (com patas formadas por vários segmentos) que pertence à ordem Scorpiones estando enquadrado na classe dos aracnídeos .

Scorpiones é a ordem de artrópodes arácnidos terrestres que reúne cerca de 2.000 espécies de escorpiões que apresentam comprimento de 10 a 12 cm, corpo alongado e quelíceras com três artículos. São animais geralmente discretos e noturnos, escondendo-se durante o dia sob troncos e cascas de árvores.

As diferentes espécies de escorpiões têm tempos de vida muito diferentes e o tempo de vida real da maioria das espécies não é conhecido. A gama do tempo de vida parece situar-se entre os 4 a 25 anos, tendo sido 25 anos o tempo de vida máximo registado para a espécie H. arizonensis.
Preferem viver em áreas com uma temperatura entre 20 °C e 37 °C, mas sobrevivem em temperaturas de 0 °C a 56 °C. Perfeitamente adaptados às condições climatéricas do deserto, suportam uma amplitude térmica diária na ordem dos 40 °C. Escorpiões do gênero Scorpiops, alguns da família bothriurid que vivem na Patagônia e pequenos Euscorpius da Europa central podem sobreviver à temperaturas de inverno que chegam a -25ºC (−13 °F). Em Repetek (Turcomenistão) vivem sete espécies de escorpião (das quais a Pectinibuthus birulai é endêmica) em temperaturas que variam de -31ºC à 51ºC.

São animais carnívoros e têm geralmente hábitos de sair de noite, quando caçam e se reproduzem. Detectam suas presas por vibrações no ar, no solo e sinais químicos, todos detectados por sensíveis pelos distribuidos principalmente nas suas pinças e patas. Sua alimentação é baseada em principalmente em insetos e aranhas, mas podem se alimentar de outros escorpiões (o canibalismo é uma prática comum entre todos os aracnídeos), lagartos e até pequenos roedores e pássaros. Os escorpiões conseguem comer quantidades imensas de alimento, mas conseguem sobreviver com 10% da comida de que necessitam, podendo passar até um ano sem comer e consumindo muitíssimo pouca água, quase nada durante sua vida inteira.

Usam seu veneno normalmente para imobilizar a presa, mas também serve para pré digerir os órgãos internos e víceras do animal. Em seguida, usam suas quelíceras (pequeno par de "presas" na parte frontal do cefalotórax) para dilacerar sua comida enquanto os sucos digestivos do intestino são regurgitados para fazer uma digestão externa, que então é sugada sob a forma líquida. Qualquer matéria sólida indigestível (pêlo, exoesqueleto, etc) é preso por cerdas na cavidade pré-oral, o que é ejetado pelo escorpião. Ou seja, assim como as aranhas, eles não conseguem ingerir material sólido.

Os predadores naturais do escorpião são pássaros, alguns répteis (cobras e alguns lagartos), algumas aranhas, formigas, entre outros. Na natureza, o tamanho é essencial para determinar quem é presa ou predador.

O ferrão do escorpião (chamado de telson), além de servir para agarrar a presa, defender-se, e no acasalamento, inocula na presa um veneno. Este veneno contém uma série de substâncias cuja composição química não está bem definida, porém contém neurotoxinas, histaminas, serotonina, enzimas, inibidores de enzimas, e outras. Parece, segundo os pesquisadores, que as neurotoxinas agem sobre as células nervosas da presa, com uma certa especificidade, dependendo do tipo de animal.
É interessante saber que a toxicidade do veneno de um escorpião pode ser comparada com o tamanho de seus pedipalpos (o equivalente ao braço humano do escorpião); quanto mais robustos os pedipalpos, menos o escorpião utiliza-se do veneno para com suas presas e quanto menores eles forem, mas o veneno do escorpião pode ser letal às suas presas.

O veneno de escorpiões do tipo Tityus serrulatus, que parece ser o veneno mais tóxico de todos os escorpiões da América do Sul, age sobre o sistema nervoso periférico dos humanos, causando dor, pontadas, aumentando a pulsação cardíaca e diminuindo a temperatura corporal. Estes sintomas, devido ao seu peso corporal, são mais acentuados em crianças, e devido às condições físicas, aos idosos. Todos os escorpiões são venenosos, porém apenas 25 espécies podem ser mortais aos humanos. Sua ferroada assemelha-se em grau de toxicidade da ferroada de uma abelha.

O tratamento consiste na aplicação local da ferroada de um anestésico (lidocaína a 2%) e soro antiescorpiônico (obtido de escorpiões vivos). O tratamento deve ser hospitalar, de preferência com a apresentação do escorpião para facilitar o diagnóstico e o tratamento.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

PRAGAS URBANAS - CONHECENDO MELHOR


Pragas urbanas são espécies de insetos ou animais que infestam os campos e cidades provocando danos à nossa saúde. E podem picar, morder, danificar alimentos e objetos e ainda transmitir doenças ao homem.

Barata doméstica (Periplaneta americana) - uma das piores pragas urbanas.
Elas geralmente se procriam no inverno e se espalham no verão, época em que as baratas, ratos, mosquitos, moscas, cupins, pombos, formigas e outros são mais vistos.
As pragas migram para as zonas urbanas buscando alimentação e abrigo, o que é proporcionado pelo próprio homem, quando esses mantêm ambientes sujos e quando depositam lixo em locais inadequados. Dentre as principais espécies encontradas em áreas urbanas destaca-se as baratas, os pombos e as formigas.

Algumas precauções devem ser feitas como: não amontoar lixo ou materiais em desuso, manter alimentos em locais fechados, vistoriar depósitos e locais onde alimentos são armazenados periodicamente, mantendo o local sempre limpo. Ao detectar a presença de qualquer espécie é importante acionar uma equipe especializada em controlar pragas e vetores para que o local seja inspecionado e, após a inspeção, seja realizada a erradicação de tais espécies.



Segue listagem de algumas pragas:

Baratas
Filo: Arthropoda; Classe: Insecta; Ordem: Blattodea.

Formigas
Filo: Arthropoda; Classe: Insecta; Ordem: Hymenoptera

Cupins
Filo: Arthropoda; Classe: Insecta; Ordem: Isoptera.

Brocas
Filo: Arthropoda; Classe: Insecta; Ordem: Coleóptera.

Pulgas
Filo: Arthropoda; Classe: Insecta; Ordem: Siphonaptera.

Aranhas
Filo: Arthropoda; Classe: Arachnida; Ordem: Acarina.

Escorpiões
Filo: Arthropoda; Classe: Arachnida; Ordem: Scorpiones.

Carrapatos
Filo: Arthropoda Classe: Arachnida; Ordem: Acarina.

Moscas
Filo: Arthropoda; Classe: Insecta; Ordem: Díptera.

Mosquitos
Filo: Arthropoda; Classe: Insecta; Ordem: Díptera.

Vespas
Filo: Arthropoda; Classe: Insecta; Ordem: Hymenoptera.

Traças
Filo: Arthropoda; Classe: Insecta; Ordem: Thysanura.

Percevejos
Filo: Arthropoda; Classe: Insecta; Ordem: Hemíptera.

Grilos
Filo: Arthropoda; Classe: Insecta; Ordem: Orthoptera.

Pombos
Filo: Chordata; Classe: Aves; Ordem: Columbiformes.

Morcegos
Filo: Chordata; Classe: Mammalia; Ordem: Chiroptera.

Roedores
Filo: Chordata; Classe: Mammalia; Ordem: Rodentia.

Caramujos
Filo: Mollusca; Classe: Gastropoda; Ordem: Stylommatophora.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

HÓSPEDES INCONVENIENTES - INSETOS E OUTROS


Formigas, baratas, pombos e cupins: arme-se contra essas pragas urbanas, que transmitem doenças, como infecções e pneumonia, e aprenda a afastá-las de vez do seu convívio.

Esses "inquilinos" costumam chegar sem convite e com malas prontas para viver em nossos lares. E pior, essas pragas urbanas, uma vez bem instaladas, são difíceis de ser "despejadas". No entanto, a bióloga Lucia Schüller (SP), especialista em saúde pública, alerta para o fato de que elas 'carregam em suas bagagens' uma série de microrganismos prejudiciais à saúde. "Isso já foi comprovado cientificamente no caso das baratas e formigas. Elas representam um alto risco, principalmente para crianças, idosos e enfermos", explica. Para a sua proteção e a de sua família, conheça, a seguir, um pouco mais sobre esses bichos e aprenda a afastar, de vez, esses visitantes indesejáveis.

As baratas são os insetos mais presentes em nosso dia-a-dia. Há cerca de quatro mil espécies. Surpreendentemente, menos de 1% delas buscam o convívio com o homem. São as domésticas ou caseiras e as baratas de esgoto (conhecidas popularmente por francesinhas) que se espalham facilmente pelas casas, circulando com agilidade pelas estruturas, em busca de abrigo e alimento. Acredite, elas podem viver de seis meses a três anos. CURIOSIDADE: essas pragas, consideradas repugnantes, asquerosas e nojentas, são tão resistentes que até sobrevivem a ataques nucleares. A quantidade de radiação que as baratas suportam é equivalente a de uma explosão termonuclear.
RISCO À SAÚDE: elas podem provocar intoxicação alimentar, diarréia, infecções (inclusive respiratórias), contaminação por salmonela e outras doenças.

OS REIS DAS PRAÇAS PÚBLICAS
Justiça seja feita. Não são todas as cidades do país que já tiveram suas praças invadidas pelos pombos. Mas, na maioria dos principais centros urbanos, eles se confundem com a população que passa de um lado para o outro.

E essa relação tem pelo menos 10 mil anos. Essas aves tornaram-se um grande tormento, pois costumam se alojar nas sacadas dos apartamentos e nos telhados das casas, depositando nesses locais seus excrementos e espalhando doenças.

A espécie urbana mais comum, chamada Columba Lívia, vive cerca de quatro anos. Sua alimentação é à base de sementes e grãos, mas, com o passar dos anos e a necessidade de sobrevivência no "mundo civilizado", elas tiveram que se adaptar e hoje aproveitam tudo o que encontram nas ruas, inclusive lixo.

CURIOSIDADE:
elas são originárias do leste europeu e vieram, para o Brasil, de carona nos navios portugueses, dentro de gaiolas, para servir de alimento durante a viagem.

RISCO À SAÚDE:
sua presença está relacionada a várias doenças. Entre elas a histoplasmose, um mal que provoca desde uma infl amação nos brônquios até uma pneumonia. Se não for tratada, pode levar à morte. Os pombos também transmitem a bactéria salmonela, que causa problemas no sistema digestivo, e o fungo criptococose, que atinge o sistema nervoso, podendo desencadear até a meningite.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

MOSCAS - EVITE ESTE PROBLEMA!!!


Moscas

Alimentam-se de fezes, escarros, pus, produtos animais e vegetais em decomposição, açúcar, entre outros. A mosca lança uma substância sobre o alimento para poder ingerí-lo, pois não consegue colocar nada sólido para dentro do organismo, somente matéria na forma líquida ou pastosa.


 As moscas pertencem à Ordem Diptera e possuem apenas um par de asas membranosas correspondente às asas anteriores, daí o nome da ordem (di = duas, ptera = asas). O par posterior transformou-se em duas estruturas, de tamanho reduzido, chamadas de halteres ou balancins, os quais dão equilíbrio ao inseto durante o vôo. Os dípteros pertencem a um dos quatro maiores grupos de organismos vivos, existindo mais moscas do que vertebrados. Não ocorrem somente nas regiões ártica e antártica. Os dípteros apresentam metamorfose completa, isto é, apresentam as fases de ovo, larva, pupa e adulto.

Conhece-se aproximadamente 120.000 espécies de dípteros e estima-se que existam mais 1 milhão de espécies viventes. Estas espécies estão divididas em 188 famílias e aproximadamente 10.000 gêneros, sendo que por volta de 3.125 espécies são conhecidos apenas por registros fósseis. O mais antigo destes data de 225 milhões de anos atrás.
Podemos reconhecer as moscas pela cabeça, nitidamente distinta e móvel, com dois grandes olhos facetados, isto é, como se fosse dividido em várias partes (facetas). Algumas moscas possuem o aparelho bucal com capacidade para absorver líquidos enquanto que em outras o aparelho bucal é do tipo picador.

Do ponto de vista benéfico alguns dípteros são importantes para o homem, tais como as espécies de Drosophila que são utilizadas como animais experimentais principalmente para estudos genéticos. Algumas espécies são utilizadas como agentes de controle biológico de plantas daninhas bem como de insetos pragas.
Algumas moscas são hematófagas, isto é, alimentam-se de sangue, como por exemplo, as mutucas, mosca-dos-estábulos, mosca-do-chifre, etc. Entretanto, algumas moscas, mesmo não sendo hematófagas, são muito importantes na sáude pública, como a mosca doméstica e a mosca varejeira. As primeiras atuam como transportadores mecânicos de agentes patogênicos (vírus, protozoários, bactérias, rickétsias e ovos de helmintos), as últimas causam as míiases, também conhecidas por bicheiras ou berne.
Moscas são muito comuns em áreas rurais e urbanas. No ambiente urbano algumas espécies adaptaram-se bem às condições criadas pelo homem, mantendo uma dependência chamada de sinantropia. Algumas espécies são altamente sinantrópicas, isto é, possuem grande adaptação ao ambiente urbanizado, enquanto outras são pouco sinantrópicas, ou seja, não apresentam tolerância ao processo de urbanização. Dentre as altamente sinantrópicas estão a mosca doméstica (Musca domestica), as moscas-dos-filtros (Telmatoscopus albipunctatus, Psychoda alternata, Psychoda cinerea, Psychoda satchelli), as mosquinhas (Drosophila spp.) e as moscas Chrysomya.
As mosquinhas ou mosca da banana (Drosophila spp.), no ambiente urbano, são atraídas por frutas maduras ou lixo presentes no interior de residências, feiras e mercados. As moscas Chrysomya foram recentemente introduzidas no Brasil. São facilmente observadas em feiras livres sobre peixes, frangos, etc. Podem transmitir parasitas intestinais, poliomielite e doenças entéricas.


Hábito

Existem muitas espécies de moscas e comentaremos sobre a mosca doméstica (Musca domestica), que é a espécie mais presente em áreas urbanas.
Alimentam-se de fezes, escarros, pus, produtos animais e vegetais em decomposição, açúcar, entre outros. A mosca lança uma substância sobre o alimento para poder ingerí-lo, pois não consegue colocar nada sólido para dentro do organismo, somente matéria na forma líquida ou pastosa. É ativa durante o dia e repousa à noite. Preferencialmente pousam sob superfícies estreitas e longas (fios elétricos, galhos de árvores, rachaduras de paredes, etc.).
Os locais por elas visitados apresentam manchas escuras, produzidas pelo depósito de suas fezes, e manchas claras, provocadas pelo lançamento de saliva sobre o alimento, para que depois possa ser sugado.

Ciclo de vida

O tempo de vida varia de espécie para espécie, em geral de 25 a 30 dias. A fêmea coloca seus ovos (cerca de 100 a 150) em carcaças de animais, fossas abertas, depósitos de lixo, e outros locais ricos em substâncias orgânicas. Após aproximadamente 24 horas, ocorre o nascimento das larvas.
Estas geralmente ficam agrupadas, são cilíndricas, esbranquiçadas, movimentam-se muito, não gostam de luz e alimentam-se ativamente.
Após um período de 5 a 8 dias, as larvas abandonam a matéria orgânica onde estavam instaladas. A camada externa de pele das larvas se endurece formando uma casca (casulo), dentro da qual começa a haver transformação para mosca adulta, recebendo o nome de pupa.
As pupas tem coloração marrom clara, não se movimentam, e, nem se alimentam. As moscas permanecem nesta fase por um período de 4 a 5 dias.
Cabe ressaltar que quanto maior a temperatura e a umidade, mais rápido ocorrerá o ciclo de vida.
Ovo -> Larva -> Pupa -> Adulto

Importância para a saúde

As moscas domésticas são insetos que tem importância como vetores mecânicos, isto é, podem veicular os agentes em suas patas após pousarem em superfícies contaminadas com estes germes e pousarem nos alimentos, disseminando-os amplamente, e dessa forma transmitir várias doenças, tais como distúrbios gastrointestinais.