Scorpiones é a ordem de artrópodes arácnidos terrestres que
reúne cerca de 2.000 espécies de escorpiões que apresentam comprimento de 10 a
12 cm, corpo alongado e quelíceras com três artículos. São animais geralmente
discretos e noturnos, escondendo-se durante o dia sob troncos e cascas de
árvores.
As diferentes espécies de escorpiões têm tempos de vida
muito diferentes e o tempo de vida real da maioria das espécies não é
conhecido. A gama do tempo de vida parece situar-se entre os 4 a 25 anos, tendo
sido 25 anos o tempo de vida máximo registado para a espécie H. arizonensis.
Preferem viver em áreas com uma temperatura entre 20 °C e 37
°C, mas sobrevivem em temperaturas de 0 °C a 56 °C. Perfeitamente adaptados às
condições climatéricas do deserto, suportam uma amplitude térmica diária na
ordem dos 40 °C. Escorpiões do gênero Scorpiops, alguns da família bothriurid
que vivem na Patagônia e pequenos Euscorpius da Europa central podem sobreviver
à temperaturas de inverno que chegam a -25ºC (−13 °F). Em Repetek
(Turcomenistão) vivem sete espécies de escorpião (das quais a Pectinibuthus
birulai é endêmica) em temperaturas que variam de -31ºC à 51ºC.
São animais carnívoros e têm geralmente hábitos de sair de
noite, quando caçam e se reproduzem. Detectam suas presas por vibrações no ar,
no solo e sinais químicos, todos detectados por sensíveis pelos distribuidos
principalmente nas suas pinças e patas. Sua alimentação é baseada em
principalmente em insetos e aranhas, mas podem se alimentar de outros
escorpiões (o canibalismo é uma prática comum entre todos os aracnídeos),
lagartos e até pequenos roedores e pássaros. Os escorpiões conseguem comer
quantidades imensas de alimento, mas conseguem sobreviver com 10% da comida de
que necessitam, podendo passar até um ano sem comer e consumindo muitíssimo
pouca água, quase nada durante sua vida inteira.
Usam seu veneno normalmente para imobilizar a presa, mas
também serve para pré digerir os órgãos internos e víceras do animal. Em
seguida, usam suas quelíceras (pequeno par de "presas" na parte
frontal do cefalotórax) para dilacerar sua comida enquanto os sucos digestivos
do intestino são regurgitados para fazer uma digestão externa, que então é
sugada sob a forma líquida. Qualquer matéria sólida indigestível (pêlo,
exoesqueleto, etc) é preso por cerdas na cavidade pré-oral, o que é ejetado
pelo escorpião. Ou seja, assim como as aranhas, eles não conseguem ingerir
material sólido.
Os predadores naturais do escorpião são pássaros, alguns
répteis (cobras e alguns lagartos), algumas aranhas, formigas, entre outros. Na
natureza, o tamanho é essencial para determinar quem é presa ou predador.
O ferrão do escorpião (chamado de telson), além de servir
para agarrar a presa, defender-se, e no acasalamento, inocula na presa um
veneno. Este veneno contém uma série de substâncias cuja composição química não
está bem definida, porém contém neurotoxinas, histaminas, serotonina, enzimas,
inibidores de enzimas, e outras. Parece, segundo os pesquisadores, que as
neurotoxinas agem sobre as células nervosas da presa, com uma certa
especificidade, dependendo do tipo de animal.
É interessante saber que a toxicidade do veneno de um
escorpião pode ser comparada com o tamanho de seus pedipalpos (o equivalente ao
braço humano do escorpião); quanto mais robustos os pedipalpos, menos o
escorpião utiliza-se do veneno para com suas presas e quanto menores eles
forem, mas o veneno do escorpião pode ser letal às suas presas.
O veneno de escorpiões do tipo Tityus serrulatus, que parece
ser o veneno mais tóxico de todos os escorpiões da América do Sul, age sobre o
sistema nervoso periférico dos humanos, causando dor, pontadas, aumentando a
pulsação cardíaca e diminuindo a temperatura corporal. Estes sintomas, devido
ao seu peso corporal, são mais acentuados em crianças, e devido às condições
físicas, aos idosos. Todos os escorpiões são venenosos, porém apenas 25
espécies podem ser mortais aos humanos. Sua ferroada assemelha-se em grau de
toxicidade da ferroada de uma abelha.
O tratamento consiste na aplicação local da ferroada de um anestésico
(lidocaína a 2%) e soro antiescorpiônico (obtido de escorpiões vivos). O
tratamento deve ser hospitalar, de preferência com a apresentação do escorpião
para facilitar o diagnóstico e o tratamento.
Quando vemos um foco de escorpião devemos comunicar urgentemente uma dedetizadora pois eles são muito perigosos
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