Habitualmente associadas a más condições de higiene, estes
insetos podem estar presentes nos mais diversos ambientes, infestando os mais
diferentes pontos. A maioria vive em regiões tropicais, porém podem ser
encontrados nos mais diversos lugares do mundo (polo norte e polo sul), devido
a sua grande capacidade de adaptação, prova deste fato e que alguns fósseis
mostram que as baratas existem a mais de 300 milhões de anos. São citadas mais
de 3500 espécies de baratas, sendo que somente 1% do total de espécies são
descritas como praga urbana.
Além do aspecto repugnante do seu corpo, caracterizam-se
como importantes disceminadoras de organismos patogênicos, como: bactérias
(salmonelas), vírus e protozoários, responsáveis por doenças como cólera,
difteria, diarréia, toxoplasmose, herpes, gastroenterocolites, lepra,
pneumonia, intoxicação alimentar, infecções respiratórias entre outras.
Dentro das espécies comumente encontradas em ambientes
urbanos, pode-se destacar a Blattella germanica, vulgarmente chamada de
francesinhas, paulistinhas, militar etc. Outra espécie amplamente encontrada
infestando ambientes urbanos é a Periplaneta americana, mais conhecida com
barata de esgoto, barata americana, barata voadora, barata cascuda etc.
Ainda não existe um levantamento científico sobre o número
de espécies urbanas encontradas no Brasil, mas a ocorrência de novas espécies
vem sido comprovada através de trabalhos de inspeção das empresas controladoras
de pragas que citam a Supella longipalpa e Blatta orientalis.
Biologia e Hábitos
A vida urbana moderna gera uma série de resíduos (lixo),
substrato este para a proliferação das baratas, graças ao seu hábito onívoro.
Aliado ao seu alto potencial reprodutivo, ela produz altas infestações em um
período curto de tempo e apesar de viverem aglomeradas, as baratas não são
consideradas insetos sociais.
A Periplaneta americana prefere abrigos como caixas de
esgoto e gordura, galerias subterrâneas, áreas de serviço, porões, sótãos,
forros e áreas externas com acúmulo de material orgânico. A Blattella germanica
prefere cozinhas, depósitos de alimentos, embalagens, fornos, estufas, motores
de geladeiras e freezers, conduítes, bancadas, frestas em alvenaria e armários
embutidos.
Dentro das características da praga, pode-se relatar a
capacidade de sobrevivência sem se alimentar durante até um mês, sem ingerir
água durante até uma semana, ficar até 40 minutos submersa e se deslocar por
fendas muito pequenas de até 1,6 mm. A ooteca é uma estrutura que tem a função
de proteger os ovos das variações do ambiente, inclusive dos inseticidas,
garantindo assim, a reinfestação e perpetuação da espécie.
Possuem aparelho bucal mastigador com fortes mandíbulas e
deslocam-se habitualmente durante a noite, preferindo locais com temperatura
entre 20 e 34 C. Geralmente cada ooteca contém até 36 ovos, no caso da
Blattella germanica. A expectativa de vida é de 3 a 4 anos no caso da
Periplaneta americana.
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